6 de outubro de 2011

Trabalhar no Rock in Rio



















Estou com uma credencial pregada no meu peito.

Emocionar e ser emocionado, encontrar gerações, optar e fazer parte de uma troca indescritível entre pessoas absolutamente democraticas, que aprenderam a lidar com diferenças e unidas pelos mesmos objetivos.

 MÚSICA,  INFORMAÇÃO,  ARTE...

Um cenário perfeito para criatividade, expresso no trabalho e no resultado.
Na força, caráter e perseverança de pessoas anônimas que construiram esse show.
Pensar no proxímo e no futuro, com a certeza de estar cada vez mais envolvido com o PRÉ EVENTO e o PÓS EVENTO.
Sabendo que a transmissão não é apenas o que mostram "ao vivo", mas também os copos de água economizados para o terceiro setor, sem oferecer à eles a importância merecida e darem a todos igualmente envolvidos as mesmas condições humanas de respeito, trabalho e infraestrutura.

Calcular que um evento desse porte necessita de trabalhos autônomos, de pessoas que ajudem, e também façam a sua diferença e que se sintam bem a cada final de uma missão.

Diminuir os riscos sem exagerar na segurança, que tanto gera insegurança.
Profissionais despreparados e prontos para serem os próprios bandidos credenciados.

Deprimente.
Andei  2,5 km depois de uma jornada exaustiva de trabalho de 10 horas, em uma avenida mal iluminada, obrigatoriamente pelo acostamento sem asfalto, exposta ao risco de atropelamento e assalto ( muito mato), sem qualquer segurança ou policiamento, apenas 2 barreiras que não deixavam o transporte (exceto o ônibus de R$ 35,00 e moradores com credencial) passarem.

Tudo isso em plena via pública, aquela que meu imposto ajudou a construir.

Ao fazer minha reclamação à organização, quando cheguei à condução mais proxíma na primeira barreira, presenciei um deficiente físico sendo retirado de seu taxi a exatamente 2,5km nas mesmas condições, só que no sentido oposto... indo ao Evento Rock in Rio, obrigatoriamente sendo exposto e humilhando-se a arrumar uma carona.
Desumano, capitalista e a prova de que muita coisa boa se perdeu ...
Quem não conhece alguem que já assistiu a algum show ou jogo pendurado no muro do lado de fora ??

Vi muita moeda sem valor, moeda sem sentindo... moeda essa adquirida legalmente por direito, mas mesmo assim, sendo trocada afim de uma simples conquista.

Superam e permanecem  as coisas boas, momentos, fatos, imagens, sentimentos e energia que só estará presente em mim mesma, ou na visão peculiar, de maneira original e desigual dentro de cada um.

E que minha ferida não cicatrize nunca para que possamos sempre aprimorar e crescer para todos os sentidos ...

Bjus
Love
ME

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Aimée Gil Cardillo Suursoo | aimeegc@hotmail.com